segunda-feira, 31 de maio de 2010

De uma educação bancária para uma educação problematizadora

Será que Paulo Freire já sabia que um dia iriam surgir estas ideias de ensinar de forma diferenciada, que sua fala estaria presente e sendo usada com fonte de pesquisa para estas ideias? Quando ele sugere a troca da educação bancária pela problematizadora, está abrindo os olhos dos educadores e estudiosos sobre a necessidade de se levar em conta o conhecimento que todo o ser humano possui não importando a idade que tenha, seja ele criança ou adulto. Deixar de lado simplesmente aquela transferência de conhecimentos e saberes do professor para o aluno e buscar construir junto com o educando um conhecimento sólido do mundo que os cerca. Por outro lado, penso que em todo e em qualquer tempo sempre existiram pessoas preocupadas em criar ideias e buscar compreender e desenvolver formas melhores e mais fáceis de ensinar, mas Paulo Freire com certeza abriu caminho para esta reflexão até os dias de hoje. Como nossas crianças são sábias! Elas trazem consigo um conhecimento que precisa ser aprimorado e é aí que nós precisamos saber trabalhar para fazer com que ela tenha prazer em aprender a organizar seus pensamentos e ideias, nunca deixar de lado este valioso conteúdo e sim aproveitá-lo da melhor maneira possível.

Por que as curiosidades dos alunos não são iguais?

Que maravilha se fosse assim! As preocupações seriam tão menores, as pesquisas a serem realizadas tão menos, enfim tudo seria menor. Mas no fim também o conhecimento seria menor, as descobertas e como chegar até elas também, por isso começo a pensar que é bom mesmo que as crianças tenham curiosidades diferentes, que queiram saber sobre algo diferente, só assim também nos puxa para o novo. Durante a escolha de temas para serem trabalhados, fiquei na dúvida se seria possível trabalhar temas diferentes com alunos tão pequenos, conclui que é possível, mas com certeza bem mais trabalhoso, porque falta a eles a iniciativa de ir atrás das descobertas, claro que não estão acostumados a fazerem isso, assim como nós também não estamos acostumados a deixar que os alunos sugiram o que querem saber ou sobre o que querem aprenderem. Como é prático jogarmos a culpa em cima dos planos de estudos que recebemos e que precisamos seguir para evitar o desgaste como o novo, mas através dese momento de estágio percebo que é possível aliar as duas coisas: planos de estudos e forma diferenciada de trabalhar estes.

Ensinando através de Projetos

Durante este período de estágio estou cada vez mais convencida da necessidade que temos enquanto educadores e educadoras de parar e pensar calmamente sobre a maneira mais interessante de fazer com que nosso aluno goste de estar em sala de aula e queira aprender aquilo que queremos e pensamos ser importante que ele aprenda de maneira prazerosa, sem deixá-lo entediado. Os projetos são uma boa saída, mas com certeza precisam de uma base de conhecimento muito bem fundamentada por parte do professor para evitar desgaste do tema e não deixar lacunas ou espaços sem respostas. As crianças nos mostram que são capazes de aprender de maneiras diferentes, basta que nós apresentemos a elas estas formas diferenciadas de levar conhecimento e desafiá-las. O desafio que estou enfrentando é grande, mas com certeza vale a pena investir, pois as vezes é necessário deixar de lado a comodidade e nos aventurarmos por caminhos mais desconhecidos.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Onde estáo resultado?

Como é complicado esperar um resultado que muitas vezes não chega, digo isso porque agora neste período de estágio estou encontrando esta dificuldades. No início do estágio pensei que aos poucos as crianças iriam se adaptando e começando aos poucos se familiarizarem com este método, mas percebo que as dificuldades são maiores do que imaginava. Claro que pela idade deles e pelo ambiente em que vivem onde, a grande maioria não tem acesso a ferramentas tecnológicas, a pesquisa e o desenvolvimento deste modelo de projeto fica bastante restrito e complicado. Mesmo aqueles que tem acesso ao computador e internet, o máximo que fazem é ter um orkut, mesmo não tendo a menor noção do que é ou para que serve. Ao constatar este problema, parei e expliquei para todos o significado destas páginas ou "coisas", como eles próprios dizem. Interessante também é que muitas vezes as mães ou pais é que criaram estas páginas para eles e nem eles sabem o risco que de repente estão correndo ou colocando seus próprios filhos. As crianças querem é "mexer" no computador sem compromisso nenhum, brincar, isso porque ainda pensam que é só para isso que ele serve.